Dia dos Namorados

Na maior parte do mundo, o dia dos namorados é comemorado em 14 de fevereiro, dia de São Valentim, santo católico considerado o padroeiro do amor, esse sim um cabra da peste que celebrava casamento até debaixo de porrada. No tempo dele, o imperador Claudio II, governador do Império Romano entre 268 e 270, havia proibido os casamentos. Claudio queria formar um exército e acreditava que jovens sem laços familiares adeririam mais facilmente. No entanto, São Valentim, que era bispo, resolveu ignorar a determinação e continuou casando o povo às escondidas. Um dia foi descoberto e preso. Sua prisão causou comoção. Diariamente os jovens atiravam à cela dele flores e cartas expressando a crença no amor. Valentim morreu decapitado em 14 de fevereiro de 270. A data tornou-se o dia dos namorados na “gringolândia”.

No Brasil São Valentim nunca foi muito popular. Santo Antônio, que também celebrou matrimônios secretos, é por aqui o santo casamenteiro da casa. No dia em sua homenagem, 13 de junho, muitas mulheres solteiras visitam igrejas para pedir um marido e um bom casamento. O dia dos namorados no dia anterior ao do santo é uma invenção publicitária. Em 1948, as Lojas Clipper, incomodadas com o baixo resultado do mês de junho em relação aos outros meses, encomendaram uma campanha para elevar as vendas. O publicitário baiano João Dória, pai do atual prefeito de São Paulo, João Dória Júnior, percebeu a conexão entre Santo Antônio e o Valentine’s Day. A data gringa foi copiada com uma roupagem tupiniquim e assim nascia o Dia dos Namorados, que, em 2018, cai numa terça.

Imagem: @fotolia / superbbs